quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A emoção da 1ª ultrassom e o CASAMENTO!

Gente alguém ai pode me explicar o que é esse momento ultrassom? A emoção que é principalmente quando se ouve o coraçãozinho bater? E na primeira então... Já tinha tanto ouvido falar dessa emoção mas não imaginava o quanto e não me contive quando chegou a minha vez...

A primeira foi no final de novembro, minha ansiedade era maior devido o sangramento. Havia quem acreditasse que meu baby já não estava mais vivo então deitei na maca morrendo de nervoso e bastante ansiosa também, né? Já sou e nesse momento não daria para ser diferente.

Quem pode me acompanhar foi minha sobrinha Débora Helena, pelos horários não deu nem para Antonio nem Têtê chegar para assistir comigo, então ela ficou sentadinha na salinha com uma tv onde poderia acompanhar tudo e eu entrei... Quando o Drº começou a passear pela minha barriga e consegui enxerga aquele grãozinho que mesmo pequeno já tão formadinho suspirei de alívio, além de ouvi do médico que meu bebê era grande (4 cm!) e que já estava com 10 semanas de gestação. Isso significava dois meses e meio... putz tudo isso Drº? Como é que a pessoa pode estar tanto tempo gestante e não perceber? Há quem diga ser natural... O momento do coraçãozinho é tudo! Me emocionei muito pois não há como descrever essa sensação de saber que existe mesmo um ser dentro de você, que você está gerando e tem toda responsabilidade sobre ele e seu bem estar.

No último dia 17 fiz a segunda na tentativa de vê o sexo mas o danadinho tava com as pernas pra cima, folgado todo mas teve a quem puxar né? Mãe, pai... a médica foi muito cautelosa em dizer "acho que é menina mas não é certeza" por isso ainda não comecei a providenciar o enxoval não que queria "rosa menina ou azul homem" nada disso mas tem que ter identidade né? Saber para quem estou comprando. A escolha do nome então é uma novela que merece um capítulo a parte.

Baby já mostra personalidade mesmo na barriga porque mamãe pediu tanto, conversou tanto para que ficasse nunca posição boa de vê o sexo mas nada adiantou! Será que vou ter de viver como D. Célia repetindo "você é ousada e só faz o que quer"? rsrsrs.

Dessa vez Antonio pode me acompanhar e papai ficou todo bobo que eu vi...rsrsrs. E reforçou as conversas noturnas com "bebezão" como ele se refere. Esses momentos são únicos! Deitamos para dormir e ele encosta a boca na minha barriga para falar com o nosso baby o papo só esquenta quando o assunto é futebol, ai saber que corre um grande risco de ter um flamenguista na minha barriga me arrepia!

Dizem  que ultrasson só é bonita e interessante pros pais mas mesmo assim decidi colocar uma foto com alguns momentos que consegui capturar. Já revi o dvd "n" vezes e me derreto com essa mãozinha balançando no rostinho... não tá muito nítida porque tirei a foto na imagem congelada na tv mas pra mim é lindo! rsrsrs.

18 semanas e 229,4g
***

O Casamento.

Essa era a segunda palavra que tanto temia nessa vida mas não adiantou evitar tanto, chegou o dia...
Depois da decisão tomada demos entrada nos papéis e foram 15 dias para correr os banhos até que recebemos a ligação informando que o nosso casamento seria dia 09/12 e ainda nem tinhamos as alianças! Corremos para mandar fazer, ficou pronta de um dia para o outro porque já estavamos na quarta-feira e quinta-feira era "o grande dia"!

Casamos apenas no civil foi uma decisão nossa pois meu pai prontificou em arcar com uma cerimonia como é de praxe ao pai da noiva "minha responsabilidade de pai eu não fujo!" mas preferimos reverter em algo mais útil afinal não tinhamos nada e nunca tive grandes sonhos de casamento na igreja. Lógico que não serei hipocrita em negar que se fosse de outra maneira, com mais tempo e programada como queria iria fazer sim, não sei se numa igreja pois já programava em alguma pousada à beira mar mas quem sabe mais na frente? Agora não achei necessário e o dinheiro foi de grande ajuda. Ajuda significativa foi o que tivemos e agradeçemos muito pai, mães, irmãos, tias e tio. Mas não deixamos de comemorar, um almoço após a cerimonia no Stella Maris gril com os presentes no momento.

Meu pai não compareceu, ele queria mesmo era a cerimonia como manda o figurino mas não deixou de abençoar nossa relação e um dia antes me encheu de conselhos e votos de felicidades além de reafirmar "não é obrigada a casar". Dona Célia se diz frustrada por não ter feito uma recepção familiar mas ainda temos tempo para isso.

A minha felicidade está em poder ter presente minha vó no meu casamento! Parecia uma despedida e suas palavras ainda estão vivas na minha cabeça. Ela estava tão linda, tão arrumada! Saudades... Também estiveram presentes minha amiga Jana que tratou de ser a fotografa e Susana "adeus sirigaitisse!" rsrsrs. Escolhemos como testemunhas Têtê e Paulinho.

Fiquei feliz também em poder contar com o apoio das tias de Antonio que em palavras nos abençoo com votos sinceros de felicidade.


 Ainda não troquei minha documentação com o novo nome Wanessa Roberta Vila Nova da Silva Calazans. Por questão de numerologia (também) queria retirar o "da Silva" mas agora não é mais possível só pode acrescentar e do número 1 trago a energia do número 3. Ainda não assino e nem preencho como casada os cadastros oficiais mas tratarei das mudanças logo, logo rsrsrs.


E assim, o que era um planejamento de noivado para o dia 11, virou casamento no dia 09 e o que eram planos engavetados e incertezas virou realidade e ainda tivemos direito a duas luas de mel! Primeiro no Sesc Guaxuma num final de semana sedido pelo meu irmão e o outro uma semana (quase) na Barra Nova numa gentileza da tia de Antonio. Em meio a ela esperavamos a chegada dos nossos móveis pois ainda estavamos morando nas casas dos nossos pais.

E foi naquela manhã de domingo que recebi a fatidica notícia do falecimento da minha vovó...

Wanessa Vila Nova (Mãe Loira)

5º CAPÍTULO: Da alegria do nascimento do baby a dor da perda. Adeus Bisa!
 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Papa don't preach__|Agora Mãe Loira!

Antes de contar para o meu pai tomei cuidado para não sair espalhando a minha nova condição, afinal poderia cair nos ouvidos dele e se estar no mesmo teto com ele sem poder falar a verdade imagine como ficaria se isso acontecesse? E não achava justo ser "o último a saber".

Eu quero e preciso registrar aqui essa passagem marcante e surpreendente para mim porque apesar de ter sempre uma presença de pai, de saber que podia contar foi a primeira vez que senti isso, que pude entender o mecanismo pai e filho. No meu mundo de Alice, o fato dele não me dá um carro (prometido viu? rsrsrs) fazia acreditar ser indiferente as minhas "necessidades" afinal, um carro para encher de amigas e cair na balada era uma necessidade imensa! Como ele poderia ajudar a minha irmã e a mim não? É podem me censurar no quesito egoísmo, eu já fiz isso (mas não desisti do carro, agora para outras necessidades rsrsrs)...

No dia que decidimos contar lembro-me do trama, da angustia que foi o caminho até chegar em Sauaçuhy, na estrada ia aos prantos (e Antonio com lençinhos de papéis para me amparar. rsrsrs) era um momento mais meu e dele, pela primeira vez iria encará-lo coisa que nem na infância precisei fazer. A todo momento reafirmando um comportamento adolescente pois "ser mulher" ou ter "um papo de mulher" ficava muito bonitinho na fala, porque na pratica o que sentia mesmo era "a filha protegida de Seu Apolinário" mesmo! Que pode nunca ter dado orgulho mas também nunca desgosto...

Ao receber a notícia ele nos fuzilou com uma pergunta que me desmontou! Nunca perguntei para Antonio o que sentiu mas pela sua reação acredito que o mesmo. "Antonio vocês tem muito tempo de relacionamento acha que ela é mulher para você? E você Neu, acha que ele é homem para você?" e continuou "peço que vocês pensem direitinho no que querem fazer mas só não vão casar por causa da criança, a minha filha Antonio, é problema meu você só tem responsabilidade pela criança". E os conselhos continuaram "casamento não é fácil, se não querem casar nem comecem porque não vou aceitar uma separação ou chegar aos meus ouvidos problemas. Não vou condenar porque a criação de hoje em dia é diferente do meu tempo e isso pode acontecer com qualquer um."

A medida que tirou um peso das costas, não que acreditasse que ele me obrigaria a casar ou me expulsasse de casa mas poderia simplesmente "lavar as mãos" e dizer "se vire, você procurou, você que resolva" ele nos colocava uma responsabilidade pois não seria mais fácil a covardia do "casei porque meu pai me obrigou" do que ter que assumir o ônus e bônus da decisão de "tô casando porque quis, porque decidi?" Confesso que essa conversa me fez mais forte pois fosse a decisão que tomasse teria um apoio, um apoio forte, necessário que mudou tudo.

Mas como nem tudo são flores, e não queira pedir de um pai conservador e protetor muita coisa, foi categórico ao deixar claro "mas se vocês decidirem casar, que se dêem prazos porque não quero vê a barriga da minha filha crescer e um carro parando na minha porta para pegá-la porque minha filha Antonio, não é p*** de luxo de ninguém!"

Posso viver o resto de minha vida sem ouvir dele um "filha eu te amo" mas sei que não poderia receber prova de amor maior. Para muitos isso pode ser normal, banal mas quem me conhece na intimidade sabe como é (era) o meu relacionamento com ele, da pessoa que ele é e representa e no intimo sei o quanto esse fato lhe doeu pois passou por cima do ideal que os pais tem para sua filha mas o amor de pai, a sabedoria de esquecer o que ele deseja mas o que eu precisava, de dar o ombro quando precisa e não quando acha que necessário falou mais alto. Talvez nem ele tenha se tocado disso, o quanto pai foi naquele momento.

É esse o maior ensinamento que tentarei passar ao meu baby,que tentarei me policiar em não ser a mãe do "tem que ser do meu jeito" de ter a sensibilidade de entender a necessidade do meu filho independente da minha vontade, de ser o que desejei para ele. E era esse apoio que procurava, já tinha da minha mãe e dele foi apenas coroar. 
Acho que esse é o grande desafio da maternidade mas as minhas escolas são ótimas e espero não fraquezar e ser egoísta mais uma vez.

Pois é, de " material girl" a "papa don't preach" quem diria né? rsrsrs...


***

A Mãe Loira.

Depois que o peso saiu das minhas costas, era hora de espalhar para o mundo a minha gestação! E como foi bom poder contar para todo mundo, assumir meu buchinho, receber os diversos carinhos, apoios, incentivos... vindos de todas as partes, de pessoas que nem imaginavam e que não esqueço jamais! E que farei questão de mostrar para o meu baby o quanto de carinho que recebeu.

Agora sou a "Mãe Loira", porque se tinha uma convicção que loira JAMAIS deixarei de ser mesmo quando diziam "ih não vai poder pintar o cabelo!). Aliás, gestação é uma entrega muito grande pensei que não conseguiria segurar a onda das mudanças de comportamento que precisei fazer mas acho até que nisso Deus foi bastante generoso comigo as pessoas me dizem que estou mais bonita e também me sinto assim. Estou adorando minha nova silhueta (agora consegui chegar ao tão sonhado 50kg! Aliás, agora 51kg isso significa 1kg por mês), cabelo apesar da raiz preta (logo,logo retoco) tá mais bonito, o rostinho mais redondinho mas a pele mais lisinha... os seios que sempre quis! rsrsrs.

Perdi todas as minhas roupas da parte debaixo, alguns vestidos viraram blusas e algumas blusas tops rsrsrsrs. Estou evitando investir em roupa para não perder pois não sei como será o meu guarda-roupa depois da gestação, no que investirei. O que me doe mesmo é a falta dos meus saltos mas as vezes me permito usar mas sem exageros.

O meu cardápio mudou e muita coisa vou aderir depois da gestação porque quero uma vida mais saudável. Adeus coca-cola, outros refrigerantes só de vez em quando e o café aderi ao descafeinado mas priorizo o suco. Faço um esforço danado para tomar água com frequência, esse é meu ponto fraco. Frutas e saladas estão em prioridade pois com a fome "canina" são elas que me sustentam de hora em hora além dos biscoitinhos maizenas (adoro!) que tem sempre um na minha bolsa. E espaguette, macarronada, macarrão são a minha perdição! Se pudesse só comeria isso, passei quase um mês inteiro almoçando espaguette no restaurante Óttimo e muitas vezes fico aqui salivando (ai quero nem pensar!).

Agora recebi ordens da Drª Bernadete "nada de sendentarismo, exercício!" e comecei a caminhar mas penso seriamente em outro tipo de atividade como pillates e as estrias, que confesso me preocupar porque tenho forte tendência já estou me trabalhando para aceitá-las e recorrer a medicina estética rsrsrs.


Wanessa Vila Nova (Mãe Loira)

4º CAPÍTULO: A emoção da 1ª ultrasson e o CASAMENTO!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Contando para família e amigos.| "e agora papy!?!"

Antes de contar como dei a boa nova aos amigos e parentes, preciso falar do momento único que foi minha primeira consulta a obstetra, Drª Bernadete Borges (a única que se dispôs a me atender como encaixe devido ao meu sangramento). Gente, ali cada vez mais caia a minha ficha de que "tô grávida, vou ser mãe!". Quando cheguei lá acompanhada da minha amiga Susana (que quase enfartou com a notícia, afinal a parceria de anos de sirigaitisse fazia acreditar que jamais esse dia chegaria) me sentindo completamente fora do contexto, já não vestindo mais minhas habituais roupas (esqueça os saltos altos, esqueça as roupas apertadinhas!) e muito menos sem saber o que falar.

Após me examinar ela perguntou se eu trabalhava e quando respondi que sim mandou ficar de repouso absoluto "pôxa Drª, sou contratada e faltar agora significa a não renovação do meu contrato." e simples assim ela respondeu "Você tem que pensar no seu bebê, a escolha é sua." Pronto nesse momento foi jogada nos meus braços toda a responsabilidade das decisões da futura mamãe. Primeiro ato de entrega,vestir o uniforme de mãe e arcar com as consequências enfim "padecer no paraíso".
Essas palavras não me saem da cabeça porque mesmo confessando que cheguei a pensar em não seguir o repouso recomendado talvez uma maneira de tirar de mim a responsabilidade de um tal "aborto espontâneo" nasceu ai o instinto da mãe, os primeiros sinais de amor por aquele frutinho inesperado e "dane-se o mundo, parem tudo que agora o momento é dele e se Deus mandou farei de tudo para honrar tal dádiva!".

Deus é tão bom, a minha certeza que a vinda desse bebê é uma bênção em nossas vidas é tanta que mesmo ficando ausente no mês seguinte meu contrato foi renovado sim e fiquei até quando podia ficar. 

Foi nessa consulta que descobri que já tinha ganho 2kg também andava comendo muito. Os quadris cada vez mais alargando (acho que todo o meu peso está nele) visivelmente e só reparava nos seios. Certa vez me arrumando pra sair minha avó comentou como estava "quartuda" e nem imaginava o que seria...

Papai Antonio tratou logo de fazer uma feira com tudo de nutriente pro bebê se alimentar, até hoje é muito bom ter esse "argumento" poder dizer "pôxa gato o bebê tá pedindo isso" rsrsrs... não deixa de ser né?

***

Gente é incrível como convivemos com certos tabus desnecessários e hipócritas! Fico relembrando aqui a minha covardia em poder contar aos meus familiares da minha gestação. Familiares que falo: mãe, avó, pai e irmão. Tanto que pela minha falta de vergonha (ou excesso dela) quem se encarregou de espalhar a notícia foi minha irmã, com excessão do meu pai que esse é outra história, ou melhor, outro capítulo!

Fico pensando o porquê desse meu comportamento, será mesmo que acreditava que essas pessoas me viam virgem aos 28 anos e com um relacionamento de 6 anos (fora os anteriores)? Será mesmo que alguém se chocaria com essa notícia "tão bombástica" que me fez acovardar e delegar a função para Têtê?

Na mesma noite ela se encarregou de ligar para o meu irmão que também foi só alegria ao receber a notícia tão tarde da noite (passava das 22h) e me encheu de palavras de conforto junto com o meu digníssimo cunhado "Rei-nan". Depois foi a vez de Dona Célia, no primeiro telefonema a reação dela foi de espanto principalmente preocupada com a reação de meu pai mas no segundo telefone (3 segundos depois) a preocupação de mãe e o filem de avó além do seu coração de ouro mandou que ficasse de repouso e me cuidasse que no outro dia marcaria uma médica para mim.

Outra pessoa que ficou radiante e soube na mesma noite foi minha sobrinha Débora Helena, acho mesmo que esse baby veio da insistência dela em ter uma prima, viu? Mas como sua língua é maior do que a boca, pedimos para que ficasse calada pois o "seu avô" ainda não podia saber "mas por que mãe?" rsrsrs... situação embaraçosa para uma mãe de pré-adolescente né?

As duas últimas foram minha vozinha querida Nalva (graças a Deus tive a oportunidade de dá-lhe um bisnetinho mesmo que não esteja agora conosco para acompanhar a minha gestação e nascimento do meu lado físico mas espiritualmente sei que estar sempre aqui do meu lado)  e meu papy pois com esse teria que ter um "papo de mulher" e antes de encara-lo precisava saber o que faria da minha vida tipo "problema e solução" seja qual fosse a "solução".

E agora papy!?!

Em meio a tanto apoio que encontrei, não só da família mas de amigos queridos, conhecidos e até pessoas que não gozava de nenhuma intimidade ainda precisei resolver os meus conflitos internos e acertar os ponteiros com Antonio. O que faríamos? Casaríamos? O que eu bem sabia: não tiraria jamais (e que fique claro que em nenhum momento ele cogitou essa possibilidade) e se não assumissimos a situação como dois adultos também não continuaria com um relacionamento adolescente "eu na minha casa, você na sua e fim de semana a gente se encontra".

Amor nunca nos faltou mas sempre curtimos nossa vida na casinha de papai e mamãe. O descompromisso, os mimos, as facilidades, os luxos... eu consumista, ele mimado... Enfim, abrir mão disso doía afinal o novo na frente era radical demais. Além de não termos construído NADA! Mas decidimos, mesmo sem a data que casaríamos e recebemos muito apoio somos abençoados pois não é todo mundo que pensa em casar e tem essa estrutura toda. Tenho uma tese para essa nossa história, é como se Deus tivesse mandado essa criança para nós no sentido de decidir por nós o que passamos e passaríamos ainda mais para decidir. E como a presença de uma criança não pode significar desgraça na vida de ninguém, do dia que decidimos até hoje só recebemos graças.

Falava muito para Antonio, que certinho em seus compromissos financeiros temia a responsabilidade do lar e deixei muito claro para ele que mesmo sem uma renda mensal fixa ele jamais iria arcar com as despesas sozinho pois nunca quis depender de marido, se fosse assim, preferia mesmo ficar dependendo de meus pais na casa deles como sempre foi a vida e lembrei que já não devíamos mais pensar em nós ou qualquer outra coisa mas no baby que não poderia pagar de vítima dessa história e como nós dois fomos criado com lares estruturados seria frustrante não poder dá esse direito ao nosso baby. Que independente de como viveríamos, acredito que estar ao lado da mãe e pai seria o melhor que podíamos fazer por ele pois bens materiais se conquista. Teríamos que focar nas coisas que realmente interessa nessa vida.

Foi muito difícil no inicio, ficamos muito sensíveis e tudo parecia um drama mesmo quando não se tratava de um drama. Muito difícil se desligar de comentários maldosos que soavam estranhíssimo para mim, afinal cadê toda aquela alegria que meus amigos e parentes tinha dito? Como conseguir assimilar bem o fato de algumas pessoas não conseguir vê a beleza da chegada de um novo ser que só irá trazer felicidade e que foi feito com amor apesar de não programado?

Mas tomamos nossa decisão, iríamos casar faltava agora encarar o velho...

Wanessa Vila Nova (Mãe Loira)

3º CAPÍTULO: Papa Don't Preach! ___ |Agora Mãe Loira.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um novo ofício.

É incrível como sofro de uma "doença" chamada NE: "necessidade de me expressar". E é em nome dela que estou criando esse diário virtual onde quero apenas escrever as minhas experiências.

Sei que existem pessoas saudosas de atualização do meu "No Baú da Loira" até eu tenho mas o momento é outro, isso não significa um desinteresse pelo assunto moda, muito pelo contrário, cada dia mais atenada mas há a necessidade de curtir esse meu novo momento de "mulher casada e gestante" e além de curtir, aproveitar tudo que esses dois novos ofícios me proporciona.

Quero muito mais que expressar para meus amigos é deixar registrado para o meu baby todas as expectativas desse momento, as mudanças que a descoberta da sua espera me proporcionou e o quanto me transformou! De piriquete fashionista à esposa, mãe e fashionista. Três papéis que estou satisfeitíssima e totalmente ansiosa em poder logo exercer o segundo, que na realidade na lista de prioridades é o primeiro.

A parti de agora, sejam bem-vindos ao "Diário da Mãe Loira".

Como tudo começou...

“PQP TÔ GRÁVIDA!!!” Pois é foi essa frase vexatória que recebi a notícia da minha gravidez naquela emergência da Unimed. Junto, vários outros pensamentos egoístas e sem noção: “Meu Deus o que vai ser da minha vida! Tudo que eu nunca quis foi uma criança e essa p**** de remédio como pode acontecer isso? São 8 anos me prevenindo sem intervalos, e o meu cabelo, e a minha cintura se eu perder, como vou encarar o meu pai e os meus planos…” Olhei para cara do meu namorado e como se fosse uma adolescente que tivesse acabado de receber a notícia de ter engravidado de “um carinha” que “acabei de conhecer alguns meses na balada” perguntei: “E agora Antonio o que vamos fazer da nossa vida?”
Aqui eu abro um parêntese para destacar a importância de se ter uma estrutura familiar nesse momento onde me encontrava tão perdida falei “Preciso falar com a minha irmã! Vamos conversar com a minha irmã!”. Alguns dias antes havia conversado com ela sobre as diferenças que estava sentindo nos meus seios e principalmente as dores e ela me disse “tu tá grávida, você estar com cara de mãe” falei que isso jamais poderia acontecer por causa do remédio e ela também se conformou porque esse sintomas só se sente lá pro 3º mês.
Dois dias antes de descobri fui na emergência da Unimed por conta desse incomodo nos seios e esperar a próxima consulta marcada para doutora não daria. Fui atendida por uma médica que me tranquilizou e disse o que gostaria de ouvir “Ah, isso é normal você estar para menstruar e é natural acontecer isso. Quando for a sua ginecologista informe o que aconteceu e peça para indicar outro remedio.” Passou um “remedinho” e mandou “curtir os seios fartos”. Beleza Doutora! Era tudo o que gostaria de ouvir e sai de lá tranquilíssima, passei na farmácia e além do remédio indicado comprei outra caixa do anticoncepcional (anotem o nome ALEXA).
No outro dia pela manhã lá estava eu, acordando “menstruada” hum que beleza, vou logo tomar o anti e mais um remedinho que a santa médica passou… passado os dias, a menstruação ok mas os seios da mesma forma e não conformada falei para meu namorado que queria voltar na emergência e foi ai que descobri que além de grávida eu estava com inicio de aborto porque o remédio indicado pela “santa médica” não é indicado para gestantes… é mole?

Voltando ao parentese… minha irmã acompanhou minha aflição, quando sai da unimed liguei para ela perguntando se estava em casa respondeu que não mas não demoraria e perguntou: “e ae fez o teste? deu nada não, né?” engoli o choro e disse: “pior que não Têtê, eu tô” ai na hora ela exclamou o que jamais pensei ouvir e achei um absurdo: “Que coisa boa! Isso é motivo de alegria e não de tristeza tô chegando em casa e nós conversamos”. E foi justamente nessa conversa que tudo mudou e penso o que seria de mim se não tivesse pessoas esclarecidas ao meu lado, uma estrutura familiar que nesse momento faria toda diferente no rumo que daria a minha vida e gestação… Já pensou se nesse momento de desespero me aconselhasse um aborto? Ou me revoltar com meu bebê? Reafirmasse os meus pensamentos egoísta?

Meu Deus como me envergonho desse primeiro pensamento! Vá lá que é difícil encarar tudo o que você não queria na vida mas estava me colocando como uma adolescente, que não tivesse muito tempo de relacionamento e que os nossos planos não fosse o de casar e o pai da criança fosse um adolescente também. Eu tenho 28 anos, ele tem 29 estavamos juntos há 5 anos e no dia 11 de dezembro, quando completaríamos 6 anos íamos noivar e providenciar o casório para no máximo 2 anos… Certo, questão financeira ainda não estavamos firmados minha renda não é fixa e o emprego dele é em instituição privada que não pode assegurar muita coisa mas NADA disso poderia ser encarado como "o fim" ou não desejar o nascimento do meu baby...

Como estava com início de aborto fiquei de repouso por uma semana na casa de minha irmã, que no outro dia me trouxe o primeiro presentinho do meu baby... ah... amoleceu totalmente o coração dessa mãe aqui. Tem tia mais babona que essa? Alguém duvida que será uma ótima titia?
Depois dessa semana voltei a realidade e planejar o "daqui pra frente"...


Wanessa Vila Nova (Mãe Loira)


2º CAPÍTULO: Contando pra família "e agora papy!?!"