segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um novo ofício.

É incrível como sofro de uma "doença" chamada NE: "necessidade de me expressar". E é em nome dela que estou criando esse diário virtual onde quero apenas escrever as minhas experiências.

Sei que existem pessoas saudosas de atualização do meu "No Baú da Loira" até eu tenho mas o momento é outro, isso não significa um desinteresse pelo assunto moda, muito pelo contrário, cada dia mais atenada mas há a necessidade de curtir esse meu novo momento de "mulher casada e gestante" e além de curtir, aproveitar tudo que esses dois novos ofícios me proporciona.

Quero muito mais que expressar para meus amigos é deixar registrado para o meu baby todas as expectativas desse momento, as mudanças que a descoberta da sua espera me proporcionou e o quanto me transformou! De piriquete fashionista à esposa, mãe e fashionista. Três papéis que estou satisfeitíssima e totalmente ansiosa em poder logo exercer o segundo, que na realidade na lista de prioridades é o primeiro.

A parti de agora, sejam bem-vindos ao "Diário da Mãe Loira".

Como tudo começou...

“PQP TÔ GRÁVIDA!!!” Pois é foi essa frase vexatória que recebi a notícia da minha gravidez naquela emergência da Unimed. Junto, vários outros pensamentos egoístas e sem noção: “Meu Deus o que vai ser da minha vida! Tudo que eu nunca quis foi uma criança e essa p**** de remédio como pode acontecer isso? São 8 anos me prevenindo sem intervalos, e o meu cabelo, e a minha cintura se eu perder, como vou encarar o meu pai e os meus planos…” Olhei para cara do meu namorado e como se fosse uma adolescente que tivesse acabado de receber a notícia de ter engravidado de “um carinha” que “acabei de conhecer alguns meses na balada” perguntei: “E agora Antonio o que vamos fazer da nossa vida?”
Aqui eu abro um parêntese para destacar a importância de se ter uma estrutura familiar nesse momento onde me encontrava tão perdida falei “Preciso falar com a minha irmã! Vamos conversar com a minha irmã!”. Alguns dias antes havia conversado com ela sobre as diferenças que estava sentindo nos meus seios e principalmente as dores e ela me disse “tu tá grávida, você estar com cara de mãe” falei que isso jamais poderia acontecer por causa do remédio e ela também se conformou porque esse sintomas só se sente lá pro 3º mês.
Dois dias antes de descobri fui na emergência da Unimed por conta desse incomodo nos seios e esperar a próxima consulta marcada para doutora não daria. Fui atendida por uma médica que me tranquilizou e disse o que gostaria de ouvir “Ah, isso é normal você estar para menstruar e é natural acontecer isso. Quando for a sua ginecologista informe o que aconteceu e peça para indicar outro remedio.” Passou um “remedinho” e mandou “curtir os seios fartos”. Beleza Doutora! Era tudo o que gostaria de ouvir e sai de lá tranquilíssima, passei na farmácia e além do remédio indicado comprei outra caixa do anticoncepcional (anotem o nome ALEXA).
No outro dia pela manhã lá estava eu, acordando “menstruada” hum que beleza, vou logo tomar o anti e mais um remedinho que a santa médica passou… passado os dias, a menstruação ok mas os seios da mesma forma e não conformada falei para meu namorado que queria voltar na emergência e foi ai que descobri que além de grávida eu estava com inicio de aborto porque o remédio indicado pela “santa médica” não é indicado para gestantes… é mole?

Voltando ao parentese… minha irmã acompanhou minha aflição, quando sai da unimed liguei para ela perguntando se estava em casa respondeu que não mas não demoraria e perguntou: “e ae fez o teste? deu nada não, né?” engoli o choro e disse: “pior que não Têtê, eu tô” ai na hora ela exclamou o que jamais pensei ouvir e achei um absurdo: “Que coisa boa! Isso é motivo de alegria e não de tristeza tô chegando em casa e nós conversamos”. E foi justamente nessa conversa que tudo mudou e penso o que seria de mim se não tivesse pessoas esclarecidas ao meu lado, uma estrutura familiar que nesse momento faria toda diferente no rumo que daria a minha vida e gestação… Já pensou se nesse momento de desespero me aconselhasse um aborto? Ou me revoltar com meu bebê? Reafirmasse os meus pensamentos egoísta?

Meu Deus como me envergonho desse primeiro pensamento! Vá lá que é difícil encarar tudo o que você não queria na vida mas estava me colocando como uma adolescente, que não tivesse muito tempo de relacionamento e que os nossos planos não fosse o de casar e o pai da criança fosse um adolescente também. Eu tenho 28 anos, ele tem 29 estavamos juntos há 5 anos e no dia 11 de dezembro, quando completaríamos 6 anos íamos noivar e providenciar o casório para no máximo 2 anos… Certo, questão financeira ainda não estavamos firmados minha renda não é fixa e o emprego dele é em instituição privada que não pode assegurar muita coisa mas NADA disso poderia ser encarado como "o fim" ou não desejar o nascimento do meu baby...

Como estava com início de aborto fiquei de repouso por uma semana na casa de minha irmã, que no outro dia me trouxe o primeiro presentinho do meu baby... ah... amoleceu totalmente o coração dessa mãe aqui. Tem tia mais babona que essa? Alguém duvida que será uma ótima titia?
Depois dessa semana voltei a realidade e planejar o "daqui pra frente"...


Wanessa Vila Nova (Mãe Loira)


2º CAPÍTULO: Contando pra família "e agora papy!?!"


Um comentário:

  1. Um filho é sempre um presente de Deus. Esteja certa de que vocês foram abençoados e esse é apenas o início de uma vida muito mais feliz e cheia de descobertas. Bjossssssssss

    ResponderExcluir