quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Papa don't preach__|Agora Mãe Loira!

Antes de contar para o meu pai tomei cuidado para não sair espalhando a minha nova condição, afinal poderia cair nos ouvidos dele e se estar no mesmo teto com ele sem poder falar a verdade imagine como ficaria se isso acontecesse? E não achava justo ser "o último a saber".

Eu quero e preciso registrar aqui essa passagem marcante e surpreendente para mim porque apesar de ter sempre uma presença de pai, de saber que podia contar foi a primeira vez que senti isso, que pude entender o mecanismo pai e filho. No meu mundo de Alice, o fato dele não me dá um carro (prometido viu? rsrsrs) fazia acreditar ser indiferente as minhas "necessidades" afinal, um carro para encher de amigas e cair na balada era uma necessidade imensa! Como ele poderia ajudar a minha irmã e a mim não? É podem me censurar no quesito egoísmo, eu já fiz isso (mas não desisti do carro, agora para outras necessidades rsrsrs)...

No dia que decidimos contar lembro-me do trama, da angustia que foi o caminho até chegar em Sauaçuhy, na estrada ia aos prantos (e Antonio com lençinhos de papéis para me amparar. rsrsrs) era um momento mais meu e dele, pela primeira vez iria encará-lo coisa que nem na infância precisei fazer. A todo momento reafirmando um comportamento adolescente pois "ser mulher" ou ter "um papo de mulher" ficava muito bonitinho na fala, porque na pratica o que sentia mesmo era "a filha protegida de Seu Apolinário" mesmo! Que pode nunca ter dado orgulho mas também nunca desgosto...

Ao receber a notícia ele nos fuzilou com uma pergunta que me desmontou! Nunca perguntei para Antonio o que sentiu mas pela sua reação acredito que o mesmo. "Antonio vocês tem muito tempo de relacionamento acha que ela é mulher para você? E você Neu, acha que ele é homem para você?" e continuou "peço que vocês pensem direitinho no que querem fazer mas só não vão casar por causa da criança, a minha filha Antonio, é problema meu você só tem responsabilidade pela criança". E os conselhos continuaram "casamento não é fácil, se não querem casar nem comecem porque não vou aceitar uma separação ou chegar aos meus ouvidos problemas. Não vou condenar porque a criação de hoje em dia é diferente do meu tempo e isso pode acontecer com qualquer um."

A medida que tirou um peso das costas, não que acreditasse que ele me obrigaria a casar ou me expulsasse de casa mas poderia simplesmente "lavar as mãos" e dizer "se vire, você procurou, você que resolva" ele nos colocava uma responsabilidade pois não seria mais fácil a covardia do "casei porque meu pai me obrigou" do que ter que assumir o ônus e bônus da decisão de "tô casando porque quis, porque decidi?" Confesso que essa conversa me fez mais forte pois fosse a decisão que tomasse teria um apoio, um apoio forte, necessário que mudou tudo.

Mas como nem tudo são flores, e não queira pedir de um pai conservador e protetor muita coisa, foi categórico ao deixar claro "mas se vocês decidirem casar, que se dêem prazos porque não quero vê a barriga da minha filha crescer e um carro parando na minha porta para pegá-la porque minha filha Antonio, não é p*** de luxo de ninguém!"

Posso viver o resto de minha vida sem ouvir dele um "filha eu te amo" mas sei que não poderia receber prova de amor maior. Para muitos isso pode ser normal, banal mas quem me conhece na intimidade sabe como é (era) o meu relacionamento com ele, da pessoa que ele é e representa e no intimo sei o quanto esse fato lhe doeu pois passou por cima do ideal que os pais tem para sua filha mas o amor de pai, a sabedoria de esquecer o que ele deseja mas o que eu precisava, de dar o ombro quando precisa e não quando acha que necessário falou mais alto. Talvez nem ele tenha se tocado disso, o quanto pai foi naquele momento.

É esse o maior ensinamento que tentarei passar ao meu baby,que tentarei me policiar em não ser a mãe do "tem que ser do meu jeito" de ter a sensibilidade de entender a necessidade do meu filho independente da minha vontade, de ser o que desejei para ele. E era esse apoio que procurava, já tinha da minha mãe e dele foi apenas coroar. 
Acho que esse é o grande desafio da maternidade mas as minhas escolas são ótimas e espero não fraquezar e ser egoísta mais uma vez.

Pois é, de " material girl" a "papa don't preach" quem diria né? rsrsrs...


***

A Mãe Loira.

Depois que o peso saiu das minhas costas, era hora de espalhar para o mundo a minha gestação! E como foi bom poder contar para todo mundo, assumir meu buchinho, receber os diversos carinhos, apoios, incentivos... vindos de todas as partes, de pessoas que nem imaginavam e que não esqueço jamais! E que farei questão de mostrar para o meu baby o quanto de carinho que recebeu.

Agora sou a "Mãe Loira", porque se tinha uma convicção que loira JAMAIS deixarei de ser mesmo quando diziam "ih não vai poder pintar o cabelo!). Aliás, gestação é uma entrega muito grande pensei que não conseguiria segurar a onda das mudanças de comportamento que precisei fazer mas acho até que nisso Deus foi bastante generoso comigo as pessoas me dizem que estou mais bonita e também me sinto assim. Estou adorando minha nova silhueta (agora consegui chegar ao tão sonhado 50kg! Aliás, agora 51kg isso significa 1kg por mês), cabelo apesar da raiz preta (logo,logo retoco) tá mais bonito, o rostinho mais redondinho mas a pele mais lisinha... os seios que sempre quis! rsrsrs.

Perdi todas as minhas roupas da parte debaixo, alguns vestidos viraram blusas e algumas blusas tops rsrsrsrs. Estou evitando investir em roupa para não perder pois não sei como será o meu guarda-roupa depois da gestação, no que investirei. O que me doe mesmo é a falta dos meus saltos mas as vezes me permito usar mas sem exageros.

O meu cardápio mudou e muita coisa vou aderir depois da gestação porque quero uma vida mais saudável. Adeus coca-cola, outros refrigerantes só de vez em quando e o café aderi ao descafeinado mas priorizo o suco. Faço um esforço danado para tomar água com frequência, esse é meu ponto fraco. Frutas e saladas estão em prioridade pois com a fome "canina" são elas que me sustentam de hora em hora além dos biscoitinhos maizenas (adoro!) que tem sempre um na minha bolsa. E espaguette, macarronada, macarrão são a minha perdição! Se pudesse só comeria isso, passei quase um mês inteiro almoçando espaguette no restaurante Óttimo e muitas vezes fico aqui salivando (ai quero nem pensar!).

Agora recebi ordens da Drª Bernadete "nada de sendentarismo, exercício!" e comecei a caminhar mas penso seriamente em outro tipo de atividade como pillates e as estrias, que confesso me preocupar porque tenho forte tendência já estou me trabalhando para aceitá-las e recorrer a medicina estética rsrsrs.


Wanessa Vila Nova (Mãe Loira)

4º CAPÍTULO: A emoção da 1ª ultrasson e o CASAMENTO!

Um comentário:

  1. Amiga loira, estou adorando seu blog, e esta parte acima, sobre Mãe loira, contuar sendo loira, sobre kilos a mais, seios maiores, rsrsrsrs.... Vc é uma resenha, rsrsrs....

    Q bom q agora é só felicidade.... Xero loira, d outra loira, rsrsrsrs

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